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quarta-feira, maio 26, 2004

Diz não a um cartucho em segunda mão

Que a partilha de seringas, lancetas e agulhas não é segura qualquer criança sabe, visto a epidemia da SIDA (e da Hepatite) muita atenção ter chamado para este tema.
Contudo, a partilha de cartuchos (mas também canetas descartáveis) não costuma ser vista como problemática.
Desenganemo-nos: Um artigo de 1998 já refere que, durante a injecção, a agulha "aspira" para dentro do cartucho material biológico. Um outro estudo, de 2001, reafirma esta conclusão, lembrando que as soluções de insulina contêm compostos com acção anti-microbiana (fenol ou m-cresol, p. ex.), ou seja, que neutralizam bactérias, mas não vírus.
A probabilidade de haver aspiração é maior em modelos mais antigos de canetas e a quantidade aspirada é das ordem dos décimos de microlitros (para teres uma ideia: uma unidade de insulina corresponde, normalmente, a um volume de 10 microlitros).
Concluindo: Não deverás usar nem cartuchos, nem canetas descartáveis já usadas por outra pessoa, mesmo que mudes a agulha, visto muito provavelmente o conteúdo do cartucho ter ficado contaminado.
Se quiseres, segue estes links para ler os artigos, publicados na revista "Diabetes Care", para saberes mais detalhes.
Biological material in needles and cartridges after insulin injection with a pen in diabetic patients.
Regurgitation of Blood into Insulin Cartridges in the Pen-like Injectors.

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sexta-feira, maio 14, 2004

Qual é o método, qual é ele?

O tratamento da diabetes avançou muito desde a descoberta da insulina. Se no início havia apenas seringas de vidro para administrar a insulina (que era guardada no frigorífico), entretanto pode-se optar entre seringas de plástico, canetas de insulina (recarregáveis ou descartáveis), bombas de insulina... Em breve haverá mesmo insulina inalável e há quem opte por transplantes de células pancreáticas produtoras de insulina.
A questão esta semana é a seguinte: Qual vos parece ser a melhor terapêutica para a diabetes (insulinodependente)?
Quem ganha: O chá de tremoços ou a insulina?
Caneta descartável ou reutilizável? Prós e contras?
Discutam e proponham o que quiserem!

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terça-feira, maio 11, 2004

E quantos tipos são?

Todos nós sabemos que há duas formas principais de diabetes: A Diabetes mellitus I e II. O tipo I também é chamado diabetes insulino-dependente, enquanto que o tipo II é conhecido por diabetes não-insulino-dependente. Muitas vezes subdividem-se estes dois tipos de diabetes consoante a causa ou o mecanismo subjacente ao eclodir da diabetes. À parte disso, fala-se também na MODY: "Maturity onset diabetes of the young", ou seja, a diabetes própria da meia-idade, mas diagnosticada em jovens.
Só que a Diabetes mellitus também pode ser apenas passageira (a diabetes gestacional durante a gravidez) ou causada por outras doenças do foro endócrino. Por exemplo, a hemocromatose tem como consequência tardia a Diabetes mellitus, sendo que, neste caso, também se fala da diabetes de bronze (devido à cor da pele que se altera devido à doença). Há também medicamentos ou drogas que podem causar a diabetes (por exemplo steróides).
Por outro lado, nem só de mellitus se faz a diabetes. Ou, por outras palavras, nem todos os diabéticos são docinhos. Visto que a palavra diabetes vem do grego "diabet", o que significa atravessar, há mais doenças que se caracterizam pela poliúria (o urinar frequentemente), chamando-se, por isso, diabetes:
Na Diabetes renalis, doença genética que se manifesta à nascença, a glicemia é normal, mas a urina contém quantidades elevadas de açucar.
Na Diabetes salinus renalis, os rins perdem capacidade de reter sal (NaCl), ficando a urina salgada (salina).
Finalmente, existe a Diabetes insipidus. Como diz o nome, a urina dos diabéticos deste tipo não tem sabor (é insípida). Contudo, devido à falta de produção de uma hormona, também eles sofrem de poliúria.
E então? Quantos tipos de diabetes existem afinal?

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