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terça-feira, abril 19, 2005

Proteger a insulina
A insulina, como é repetidamente referido, deve estar resguardada dos extremos de temperatura. Em Portugal, tal aplica-se principalmente ao verão quente, no qual o recurso a bolsas térmicas, especialmente na praia, é aconselhável.
Desde há pouco tempo, chegaram a Portugal bolsas refrigerantes desenvolvidas especialmente para acomodar recargas, ampolas e canetas de insulina, Podem ver mais detalhes em www.freego.pt.
Seja como for, está marcada a entrada no mercado português de mais um produto há muito disponível lá fora.

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domingo, abril 03, 2005

Insulina, 2º Episódio

Quando, nos anos 70, a ciência tornou possível a produção de insulina sintética, também se tornou possível alterar a estrutura da insulina produzida. A razão para fazer tal coisa era simples: A insulina do porco, como já disse, apenas difere da humana num aminoácido(uma pedrinha colorida) e pode ser injectada numa ser humano. Contudo, demora mais tempo a agir que a insulina humana. Sendo assim, alterando um ou outro aminoácido, também poderia ser possível acelerar ou abrandar ainda mais a absorção da insulina. O resultado da investigação são os chamados análogos da insulina (análogos, porque têm uma estrutura semelhante): A Humalog, a Novorapid, a Lantus, a Detemir.
Por exemplo, a Humalog, o primeiro análogo a ser posto no mercado, também se chama Lispro, já que as pedrinhas no fim da 2ª corrente (no 28º e 29º lugar) se chamam Lis e Pro, enquanto que na insulina humana a ordem é inversa.
Os primeiros dois análogos no mercado eram mais rápidos, contudo também análogos lentos foram criados (não estando ainda disponíveis no mercado português): A Lantus e a Detemir. A Lantus, quando injectada, solidifica em pequenos cristais, que só muito lentamente libertam insulina, ao longo de ~24 horas.

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Insulina, 1º Episódio

Há coisa de um ano comecei a fazer uma animação em flash sobre a estrutura da insulina e das diferentes alterações que lhe é aplicada. A animação continua feita e há-de ser alojada, mas a explicação em texto fica aqui, desde já. Aviso, também, que a explicação é simples, não sendo preciso ter conhecimentos prévios para a perceber.
Imaginem duas correntes de pedrinhas coloridas, uma com 21 e outra com 30, num total de 51. Essas duas correntes encontram-se unidas em dois pontos (não interessa quais). O que interessa, sim, é que, na insulina, estas 51 pedrinhas têm, cada uma, uma e SÓ uma cor. Ou seja, a 5ª pedrinha da 1ª corrente tem sempre a mesma cor. E as cores podem ser repetidas. Por exemplo, a 6ª, 7ª, 11ª e 20ª pedrinhas da 1ª corrente têm a mesma cor. (As pedrinhas coloridas são aquilo a que se chama aminoácidos, que são também aquilo de que são feitas as proteínas.)
Se forem a ver a insulina de várias pessoas, verão que ela tem sempre a mesma estrutura. Já a insulina de porco e do cão, por exemplo, diferem da humana: A 30ª (e última) pedra da 2ª corrente é diferente. De resto, a insulina é igual. Contudo, apesar desta diferença, a insulina suína pode ser injectada em humanos e irá funcionar. Aliás, graças a isso é que foi possível tratar diabéticos antes de se produzir a insulina sintética (esta sim igual à humana).
Esta insulina, sintética com estrutura igual à humana, é sólida quando pura. Contudo, o seu manuseamento costuma ser feito em solução aquosa, ou seja, dissolvida em água. Pode ser injectada nesse estado dissolvido e é-o muitas vezes: O seu nome comercial é Actrapid (da Novo Nordisk) ou Regular (da Lilly) ou Rapid (da Aventis). A insulina injectada está livre de obstáculos e é absorvida pelo corpo a uma determinada velocidade.
Contudo, podem também ser adicionados compostos químicos que funcionem exactamente como obstáculos. Por exemplo, a insulina NPH (também chamada Basal e Insulatard) contém protamina, que atrasa a absorção da insulina pelo corpo. Por isso, esta insulina tem maior duração.
Também o Zinco pode ser adicionado, tendo também efeito retardante sobre a absorção, só que ainda mais que a protamina. Exemplos desta são a Lenta, Monotard, Ultralenta ou Ultratard. O problema destas é que, devido à presença de Zinco, não podem ser conservadas à temperatura-ambiente, nem em utilizadas em canetas, já que facilmente se formam cristais de zinco, que podem, por exemplo, entupir a agulha.

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